INFARTO DO MIOCARDIO EM MULHERES

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, apresenta características que podem diferir entre homens e mulheres, tanto em termos de fatores de risco quanto de apresentação clínica. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o infarto em mulheres:

Fatores de Risco

  1. Doenças Autoimunes: Mulheres têm maior prevalência de doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, que podem aumentar o risco cardiovascular.
  2. Menopausa: A diminuição dos níveis de estrogênio após a menopausa está associada a um aumento do risco cardiovascular.
  3. Diabetes: O diabetes mellitus tem um impacto mais significativo nas mulheres em comparação aos homens, aumentando o risco de infarto.
  4. Hipertensão: A hipertensão arterial é um fator de risco importante e pode ser mais prevalente em mulheres mais velhas.
  5. Estilo de Vida: Fatores como sedentarismo, obesidade e tabagismo também são relevantes, mas a resposta ao estresse e a saúde mental podem ter um papel mais significativo nas mulheres.

Sintomas

Os sintomas de infarto em mulheres podem ser menos típicos do que nos homens. Enquanto os homens frequentemente apresentam dor no peito intensa, as mulheres podem relatar:

  • Dor ou desconforto no peito (mas pode ser menos intenso).
  • Dor nas costas, mandíbula ou estômago.
  • Fadiga extrema.
  • Falta de ar.
  • Náuseas ou vômitos.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico em mulheres pode ser mais desafiador devido à apresentação atípica dos sintomas. Exames como eletrocardiograma (ECG), Ecocardiograma, enzimas cardíacas e angiografia coronária são utilizados para confirmar o diagnóstico. O tratamento pode incluir:

  • Medicamentos (antiplaquetários, betabloqueadores, estatinas).
  • Intervenções como angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio, dependendo da gravidade do caso.

Considerações Finais

É crucial que as mulheres estejam cientes dos fatores de risco e dos sintomas atípicos do infarto, pois isso pode levar a um diagnóstico mais precoce e a um tratamento mais eficaz. A educação e a conscientização sobre a saúde cardiovascular são fundamentais para a prevenção.Lembrando que há um aumento significativo de infarto em mulhes após a menopausa, que é um otimo momento apra fazer sua avaliação com seu Cardiologista.

Referências

  1. Mosca, L., et al. (2011). “Effectiveness of cardiovascular disease prevention strategies in women: a scientific statement from the American Heart Association.” Circulation, 123(11), 1243-1262.
  2. Vaccarino, V., et al. (2011). “Sex differences in coronary heart disease: the role of psychosocial factors.” Journal of the American College of Cardiology, 57(12), 1303-1310.
  3. Kearney, P. M., et al. (2005). “Global burden of cardiovascular disease: part I: general considerations, the epidemiologic transition, and the role of the risk factors.” Journal of the American College of Cardiology, 45(8), 1245-1250.

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